Beata Albertina Berkenbrock

Menina simples e de vida exemplar, enfrentou a morte para defender sua pureza! Com apenas 12 anos tornou-se exemplo de cristã para todos nós!É a nossa primeira mártir da castidade...


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- Beato Pe. Francisco de Paula Victor

Bem-aventurado Pe. Francisco de Paula Victor

 

sacerdote diocesano

 

Pe. Victor, o padre negro, é chamado “O Anjo Tutelar de Três Pontas”, Minas Gerais. Nasceu em Campanha, MG, filho da escrava Lourença Maria de Jesus,em 12 de abril de 1827 e foi batizado aos 20 de abril do mesmo ano, pelo Pe. Antônio Manoel Teixeira. Dentro do regime de escravidão, então vigente no Brasil, filho de escrava era também escravo. Pouco se sabe de sua infância, apenas que era uma criança forte, robusta e saudável. Conhecemos os nomes de seus padrinhos: Mariana Barbosa Ferreira e Feliciano Antônio de Castro.

Possivelmente, em virtude de alguma proteção de pessoa caridosa, pôde ser afastado dos trabalhos pesados que eram reservados aos escravos, ficando destinado a aprender o ofício de alfaiate.

Seu mestre alfaiate, o senhor Inácio Barbudo, a quem confidenciou o desejo de ser padre, disse-lhe: “Já se viu negro ser Padre?”. O Venerável Dom Antônio Ferreira Viçoso (ver biografia neste site), bispo de Mariana, MG, visitou Campanha em 1848. O alfaiate Victor o procurou manifestando-lhe o desejo de ser sacerdote. Este o recebeu com muita alegria. Dom Viçoso era um santo bispo, e encaminhou-o para o estudo de latim e música. Teve ajuda de sua madrinha, Mariana.

Em 1849, o jovem Victor dirigiu-se a cavalo para o Seminário de Mariana. Devido à escravidão, havia o preconceito racial até na Igreja. Seus colegas de seminário fizeram com que passasse pelas maiores humilhações, críticas, zombarias e exclusão. Com grande humildade  e espírito de serviço, aos poucos foi ganhando a simpatia e o respeito de seus companheiros. O bispo D. Viçoso o estimava e sempre apoiava, chegando a proclamar suas virtudes.  Recebeu as ordens menores  a 20 de fevereiro de 1850 e Dom Viçoso dispensou-o de possíveis impedimentos canônicos, inclusive até, por ser negro.

Ordenado sacerdote em 14 de junho de 1851, permaneceu em Campanha, MG, como coadjutor, de 1851 a 1852, indo para Três Pontas, MG, em 14 de junho do mesmo ano, como Vigário Encomendado. A princípio a população ficou descontente por ter um padre negro como vigário, com seu aspecto rude, pois ‘não era bonito’. Mas a animosidade se transformou em admiração. Logo que assumiu seus trabalhos na Paróquia, visitava doentes, amparava inválidos, zelava pela infância desvalida, atendia a população em suas necessidades. A sua dedicação, as suas virtudes o fizeram admirado por todos, ficando acima de todas as críticas.

Procurou catequizar e instruir o seu povo. No seu plano de evangelização e catequese, chegou a criar a escola “Sagrada Família”, mais tarde “Escola Coração de Jesus”, com uma organização perfeita. Nela recebia alunos de todo o sul de Minas, e até do Rio de Janeiro. Muitos alunos pobres eram admitidos, gratuitamente, mesmo internos. Por ela passaram brasileiros  de grande projeção social. Fez, de muitos filhos de famílias humildes, homens de cultura, que passaram a viver da inteligência, nas mais variadas profissões.

Pe. Victor tinha grande devoção a Maria e ao Santíssimo Sacramento da Eucaristia. Era admirado pelo trato e respeito religioso com que realizava as celebrações litúrgicas. Pregava pelo exemplo a fé, a esperança, a fortaleza, o temor a Deus e sobretudo a caridade. Seus paroquianos podiam  contar com ele para sanar dificuldades, seja fome, desentendimentos familiares, falta de moradia ou trabalho. Amava a Deus na pessoa de seu semelhante, de modo especial os mais pobres. Muito enérgico e exigente nas atitudes de respeito para com Deus, no entanto não deixava de ser carinhoso e meigo com os pequenos. Jovial, gostava de festas, chegando a ceder salões da “Sagrada Família” para festas e bailes familiares, sempre terminando às 24h. Como escravo que fora, protegia os negros maltratados e se insurgia contra os fazendeiros maldosos. Certa vez enfrentou um bando armado de fazendeiros na entrada da cidade, com um crucifixo na mão, que queria atear fogo na casa do Presidente da Junta Abolicionista da cidade, que refugiava dois de seus escravos. Dizia: “Entrem! Entrem!...mas passem por cima do cadáver do vigário!” O bando se desfez diante dessa muralha moral que era o Pe. Victor, um simples sacerdote negro, revestido da graça de Cristo!

Padre Victor vivia de esmolas e dava esmolas. Grande era a sua liberalidade, a tal ponto que passava necessidades. Praticava tanto o desapego dos bens materiais, que quando recebia alguma doação, a dava ao primeiro pobre que encontrasse, sem ao menos ver que quantia era. Certa vez um pobre retornou dizendo que a quantia era muito alta, mas ele respondeu somente: “Já lhe dei; são seus”[1].

Minado por uma lesão cardíaca e hepatite, sua saúde foi definhando, mesmo sem deixar suas atividades pastorais, que exerceu até os últimos dias de sua vida. Paroquiou Três Pontas, por cinqüenta e três anos. Faleceu no dia 23 de setembro de 1905. A notícia de seu falecimento abalou a cidade e toda a região que já o venerava. Ficou insepulto três dias, pois todos o queriam visitar, mas mesmo, assim, de seu corpo exalava suave perfume. Em vista do grande número de pessoas foi necessário fazer uma procissão pelas ruas da cidade, voltando novamente à Matriz, por ele construída e onde foi enterrado.

As graças e os milagres que a população diz receber por intercessão de Pe. Victor são inúmeras. De ano para ano aumenta o número de fiéis de toda a região e até de outros estados que visitam Três Pontas no dia 23 de setembro, agradecendo graças recebidas ou implorando preces pela intercessão de Pe. Victor, e muitos fazem essa romaria a pé.

 

Oração para a Canonização

Ó Pai, que concedestes a vosso Servo, o Bem-aventurado

 Padre Victor ser amigo dos pobres, dos humildes e dos simples,

 e lhe deste a graça de ser vosso fiel servidor na busca do Reino dos céus,

 nós vos pedimos que a Igreja possa reconhecer oficialmente as suas virtudes e o proponha como modelo e protetor nosso.

Por ter sido exemplo de pobreza, de simplicidade, de caridade

para com os mais pobres e de serviço dedicado à Igreja, nós vos

pedimos que, pela sua valiosa intercessão, obtenhamos a graça

de que mais temos necessidade (...)

Concedei-nos também que, a seu exemplo,

tenhamos no coração um ardente amor a Vós e ao próximo.

Isso Vo-lo pedimos por meio de Jesus Cristo, vosso Filho, em união com

 o Espírito Santo. Amém.

 

 

Dies natalis: 23 de setembro

Restos Mortais: Na Matriz de Três Pontas, MG, Nossa Senhora D’Ajuda.

Para visitação dos peregrinos: Memorial Padre Victor , inaugurado em 24/maio/1998, contém objetos e documentos relacionados a Pe. Victor e venda de lembranças. Local em que a Associação Padre Victor  registrará as romarias, os visitantes e as graças alcançadas.

Endereço:  R. Azarias de Brito, 61  em Três Pontas , MG. Telefax: (0xx35) 3265-2627

Causa de Canonização: sediada na Diocese de Campanha. Ator: Diocese de Campanha, MG.

Início do registro oficial de graças alcançadas, em 1964. Nihil obstat em 10/agos/1992. Processo informativo diocesano iniciado em 16/jul/1993 e encerrado em 03/jun/1995. Retomada da Causa em 18/mar/1998, com a nomeação do novo Postulador, Frei Paolo Lombardo, OFM, e da Vice-postuladora, Irmã Célia B. Cadorin. Realização e conclusão do Processo Supletivo em Agosto/1998 (foi feita uma complementação com relação às testemunhas e nomeação de uma comissão histórica para o término das pesquisas de documentos). Exumação e reconhecimento dos restos mortais em junho de1998.

Relator: Pe. José Luiz Gutierrez. Elaboração da “Biografia Documentada” em português e tradução para o italiano em 1999. Abril - Maio/2000 – Publicação e Impressão da Biografia Documentada em Roma. Fev/2002: Positio aprovada pela Comissão Histórica. Decreto da Heroicidade das Virtudes em 10/maio/2012. Decreto sobre um Milagre para a beatificação em 5/junho/2015; beatificação em 14/novembro/2015, em Três Pontas.

Bibliografia sobre Pe. Victor:

SALGADO, João de Abreu. Magnus sacerdos. 1968

LEFORT, Mons. José do Patrocínio. Padre Victor, o Campanhense Trespontano. 3ª ed., 1995

ASSIS, Mons. Victor Rodrigues de. Vida e vitórias de Mons. Francisco de Paula Victor (o patriota e milagroso Padre Victor de três Pontas). Composto por Linotipadora Rio Preto Ltda., 1973

MESQUITA, Maria Rogéria, e PIEDADE, Nilce de Oliveira) Padre Francisco de Paula Victor – O homem de Deus para o mundo. Três Pontas: Associação Padre Victor de Três Pontas, 2002

Para comunicar graças alcançadas pelo Servo de Deus e correspondência:

Carmelo São José

Rua Amazonas, 40

37190-000  Três Pontas, MG

ou

Associação Padre Victor de Três Pontas

Rua Cel. Azarias de Brito Sobrinho, 61

37190-000  Três Pontas, MG

Tel./Fax: (0xx35) 3265-2627

Outras informações:

Todos os domingos, às 10h30, é celebrada missa na Matriz pela Beatificação de Pe. Victor, e é dada aos presentes uma benção especial. Tel. da Matriz: (0xx35) 3265-2388

Site oficial da Diocese de Campanha:

http://www.diocamp.org.br/trespontas/processo.htm

 



[1] “Novena...2001” p. 26

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